dezembro 01, 2009

Autobiografía

He trabajado en una aeronave en el fondo del mar, por lo que también sé lo que es vender pescados a la orilla de un río. A veces soy la modelo perfecta que se mira en el espejo diciendo -obviamente al espejo- que la convención de la memoria es un espejo lleno de pasta de dientes. También he escrito mis más grandes líneas en el cielo usando a la luna como pretexto para no dormir y beber vino toda la noche –de cualquier modo la luna es una pelota llena de vino, sólo hay que exprimirla tantito-. Por cierto, no me dedico a los hongos, pero he dedicado gran parte de mi vida a ellos, por lo que me considero experta, que no es lo mismo que profesional. He pasado por desde jala cables, barrendera, lavaloza, hasta amaestradora de leones y de otros animales y parásitos. Desde ojera hasta sordera, y de silencio a alta voz. De adorno hasta gran productora de adornos. También he sido una mujer cosmopolita, pero lo que más me gusta de esto es el cosmos. Aún escribo, camino, sueño y respiro mi vida, por eso, los próximos años me dedicare a caminar entre la orilla del abismo y la gran pradera en donde juegan otros, se divierten y asolean, mientras escribo sobre la industria de las pornostars y los playboys.

março 25, 2009

te habría

te habría amado toda la vida
si no te interesaran más las trapeadoras
piernilargas desgastadas y esmeradas
como engañosas heroínas abatidas de pasión
patra-ñeras menuditas vestidas de naturalidad,
cáscaras de belleza pulida cada mañana
en el espejo de la antinaturalidad
y los ceñidores de extrema complacencia
retocados con colorete color porneía

Karol V. S. Medina

março 07, 2009

Único

Uno siempre piensa que tiene algo, único
Rumor silencioso que se esparce entre dudas
Que devanan los sentimientos revelados
Síntomas que se pierden entre cajones
Polvorientos de sueños resquebrajados
Lentos artificios de una lengua jamás hablada
Jamás concebida entre posibilidades infinitas
Llanas verdades de absoluta seriedad
Mentira rebanada por los sentidos
Sentimientos confusos que de ningún modo
Dejan de subsumirse a través de fantasmas
Espectros encerrados en cuartos
Repletos de telarañas y caparazones abandonados
De animales sacrificados para ser simplemente
Adornos en una sala para recibir las visitas
La tierna compañía de los que hablan tanto
Que no escuchan, ni podrían escuchar sus latidos
Rotos o no rotos de miedo y angustia
Sonrientes y ácidas ante las imágenes que se aparecen
Gritan lo que no se escucha, lo pronunciado
Imposiblemente dos veces como la hoja
Que arrulla las raíces de los árboles y no podrá
Hacerlo jamás en la tierna gravedad
Que acompaña cada aliento de vida para ser
Pero cuando ese aliento te abandona no es funesto
Que te acompañe el olvido alivio de todos
Los males, de todos lo pesares, de todos los mares
En su profunda presión profunda oscuridad
Inasible tanto que por eso siempre la idea resuella:
un error inesperado siempre esperado
un suspiro profundo que flota en la superficie…
uno siempre piensa que tiene algo, único…

Karol V. S. Medina

Ángel

Ven a mi ángel de la muerte
Ven y no me entierres en ningún pedacito de tierra
Ven y esparce mis cenizas en el ancho mar
Para que sobre sus aguas vengan los peces
Y pueda viajar a donde nunca he podido
Lejos de humanidad

Ven a mi ángel exterminador
Ven y envuelve lo que queda de mí entre la niebla
Ven, llévame a donde el olvido no duela
Lejos de la escritura en las montañas congeladas
Si algún día me encuentra el recuerdo
Que nunca sea cierto.

Ven a mi ángel devastador
Ven y cierra mi caja de Pandora que el destino abrió
Ven mientras mis fuerzas aún no son vanas
Desvanecidas entre los nudos de mi garganta
Perdidas en la telaraña que anegan mi razón
En el cerco del cero.

Karol V.S. Medina

¿Qué es la vida?

¿Qué es la vida?
Es un pedazo de papiro
Resistiéndose a caer presa del olvido
Una gran marmita
en la que se cuecen los sabores del mundo
Una ermita abandonada
En medio de un desfiladero sin sombra ni dios
Un enorme cigarro
Que se consume en bucles cardiáceos
Un anciano vino
Decantado como una vena abierta del tiempo
Un cielo de sangre
En donde la esperanza muere con el fin de la humanidad
El beso rojo
Cuando el amado habla… habla del mundo
Un perro viejo raposero
Cansado de morder colas de zorras
Un crepitante moretón
liberado entre mordeduras de piel
Un loco sonriente
Que se descalabra mil veces en la misma pared
Un frio fantasma
Que coge a los durmientes de la neblina
Un girasol marchito
Por no poder seguir eternamente al sol

Karol V. S. Medina

Duas vidas a procura do mar

Quando Jorge deu os primeiros passos sobre a areia, depois de muitos anos de não estar alí, lembrou-se com particular intensidade o que viviu num tempo muito longe e antigo. Simplesmente via o mar sob o céu azul traspassado por uma linha de fogo que nasceu do sol e que dava um pouco de vida a aquele velho farol que se entrevia oa final da praia.

O primero que fez Jorge ao chegar de volta a casa foi pisar a praia. E no momento em que Jorge viu ao velho que procuraba desse monstro enferrujado todo nele fez sentido.

A gente dizia que ele estaba maluco porque quasi sempre via-se-lhe no mesmo lugar, daquel farol, sentado, vendo ao horizonte. Era muito magro porque não comia muito. Fazia um ritual muito extranho, todos os dias ele punha flores num jarro, vestia elegate, usava saco e calças pretas e corvata como se fosse a uma festa, uma igreja ou algo assim. Desde longo via-se que sempre sentado na mesma cadeira tinha um libro nas mãos que lia muitas vezes em voz alta.

O dia deposis de que Jorge chegara a praia ia visitar-lhe, mas o velho morreu. Foi de manhã até o farol e encontrou-lhe assim, sentado em sua cadeira sen respirar, com um livro nas mãos. Jorge correo por ayuda. Esse dia foi muito particular porque amaneceu com um sol tão brilhante com um céu tão claro que fazia esquecer o dia omtem e os outros dias en que frequentemênte amanecia chovendo.

Jorge tinha quinze anos quando um dia caminhando pelo acantilado resvalo ao pisar uma pedra, fico pendurando apanhado ás ramas dos árvores. Ele gritava forte enquanto tentava. Mas o unico que conseguia era resvalar mais e mais.. Por fortuna alguém caminhava perto dalí. Era Joana, una menina muito bonito que vivia numa choupana com sua mãe a cinco minutos do lugar.

Joana ao aproximar-se por os berros que dava jorge tão desesperado corrio a ajudar mas as ramas estvan longe dela, ela presisaria duma corda ou algo assim. Como vou a Jorge tão desesperado diz-lhe “Não desesperes, eu ire por ti ainda que seja esto ir até ao mesmo inferno” Jorge fico surprendido, mas isso fez que se tranquilizara um pouco, deixa-se de berreas e mover-se muito.

Pronto Joana encontrou ao velho do farol, agora ela desesperada pediu-lhe ajuda.

Jorge estava muito agradecido por ser salvado e desde aquele dia se fez muito amigo de Joana e o velho do farol.

Ao morer aquele velho foi seu desejo deixar a Jorge e a Joana todas suas coisas más valiosas. Assim foi como ao siguente dia de cremar-lo e arremesar as cinzas foi ao farol. Todo era impecável, todo estava em seu lugar, havia poucas coisas, um fogão, uma guarda-comida, um armario, um libreiro cheio de libros e discos junto a una pequena mesa com um toca-discos, uma cama junto a uma mesa que dava a uma janela por onde via-se sair o sol todas as manhãs.

Jorge encontrou uma carta sobre a mesa debaixo de esta um libro e debaixo do livro uma caixa cheia de dinheiro. Era como se o velho estivesse esperando-lhe para poder morrer.
Assim que se sentou na cadeira onde seu velho amigo estava todos os dias todos a esperar a noite como ele o fazia.

Seu amigo dizia-lhe que estava muito agradecido pela companhia nessos anos, desde o dia que o conoceu a ele e a Joana. Também agradecia-lhe por a maneira de trata-lo, respeitar suas costumes, seus silêncios.

Quando o velho do farol era jovem trabalhava como pescador no día e na noite cuidava o mar. Aos vente anos fez no com uma bela mulher. Mas dois meses depois do casamento, houve un furão quando ele estava no mar, naufrago por cinco meses, sua esposa estava muito triste por todo esse tempo. Toda a gente dizia-lhe que ele não voltaria, que todos os corpos chegaram a praia e que o corpo dele não porque fico apanhado à embarcacão.

Uma manhã, quando ela caminhava na praia sem dormir, sem comer, sem nada encontrou o anelo de seu esposo. Nesse momento, enfiou-se ao mar para estar sempre juntos, no mesmo lugar.

Mas a vida é cruel que depois de naufragar ao dia seguinte ele apareceu na praia, cansado, quasi morto. Procuro a sua mulher mas não a encontrou. Depois de muitos dias a gente contou-lhe o acontecido.

Desde aquele dia o velho do farol sentava-se a contemplar o horizonte, aguardava à morte junto à tumbade seu mulher, o mar. Escrivia cartas e poemas. Por isso sempre se arranjava porque queria continuar pensando em ela.

O velho também dizia-lhe que procurara a Joana. Porque não é a mesma coida sentar-se a contemplar a morte cada manhã e crer que a lua é um dedal com que se pode folhear as lembranças e o amor perdido que acordar-se embebido pela tibieza do amor que te abraça todos os dias dizendo-te que te ama.

Assim foi como Jorge, levantou-se daquela cadeira sorrindo e pensando que tinha que atravessar o mar nessa manhã.


Karol V. S. Medina

março 03, 2009

Con tus ojos llenitos de cielo

Con tus ojos llenitos de cielo


Te fuiste con tus ojos llenitos de cielo
Llenitos de noche y fuego

La última vez que te vi
Estabas sobre la cama de mi madre
un día de sol y viento
y no puede enterrarte

El tiempo te fue llenando
De profundo sueño
Y a mi me dejo un hueco
Trasnochado recuerdo
No conservo ni una foto tuya
sólo una caricia y muchos recuerdos
tatuados en la piel

el día que te fuiste
te llamé por todos tus nombres
pero no puedo pronunciar
el último para no perder el aliento

Te fuiste con tus ojos llenitos de cielo
Llenitos de noche y fuego


Marzo 2009.